quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Vídeo - Ivete e Preta Gil

Saudações a todos.
Como havia prometido no programa do dia 02 de fevereiro aí está o vídeo de Ivete com Preta Gil pra você dar umas risadinhas.
Ivete e Preta que já foram entrevistadas pelo Circulando estão impagáveis. Aliás impagável é o aluguel... bem... assitam.
Um grande abraço, Ricardo.


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

CRONICANDO - 02/02


1001 Coisas...

Eu me dei de presente um livro intitulado “1001 Filmes pra você ver antes de Morrer”.
Achei interessante mesmo achando a lista grande (se levarmos em conta o tempo de um filme) e pequena se imaginarmos a quantidade de obras primas que devem ter ficado fora da lista.

Soube através da introdução do livro que esse número é apenas razoável para os profissionais e críticos de cinema que chegam a assistir 500 filmes por ano.
Como este, existiam outros livros irmãos:
1001 Vinhos
1001 Lugares
1001 Livros
1001 Discos
Tudo isso pra, respectivamente, beber, visitar, ouvir, etc. Tudo antes de morrer!
Ah, tinha um assim: 1001 Maneiras de Salvar o Planeta (esse eu gostei até porque não tem esse lance de “antes de morrer”)
Tinha até 1001 INUTILIDADES, imaginem! Uma inutilidade serve pra que mesmo? Em princípio para nada, né? E, não servindo para nada, como o genial autor conseguiu reunir 1001 delas. Quanto tempo útil de sua mente ele gastou para conseguir pensar em tanta coisa inútil... essa é de matar. Um dos 1001 motivos pra se morrer antes de morrer. Será foi útil? Pra quem? Talvez para o editor...
Em meio a tantos 1001s Eberth Vêncio um dos colunistas mais interessantes da grande rede sugere em contrapartida “1001 Motivos Para Continuar Vivendo Antes De Morrer”. Perfeito!
Porque não pensei nisso antes dele!



Ele, escorregando um pouco da criatividade, sugere coisas como:
“Abandonar a cidade. Isolar-se. Ser um ermitão. Acordar com um raio de luz do sol no rosto, que se espreita pela fresta da janela. Abrir a taramela desta janela e enxergar um rio. Rir sozinho. Nadar num dia calorento. Deitar-se na rede. Assistir à chuva. Matar tempo com requintes de crueldade. Pescar apenas um peixe para o jantar. Perder-se na contagem de estrelas. Ficar assim meio perdido sem saber o que fazer da vida. Andar descalço. Carpir a terra e dela fazer parte, antes da própria morte. Sujar-se com o barro. Catar fruta no pé. Lambuzar as mãos com manga. Pedalar sem rumo.”
Achei interessante, mas, trivial...
Ele continua:
“Comer. Mesmo feio, sentir-se o mais belo exemplar na face da Terra. Amar, posto que o amor é chama. Ler a poesia de Vinícius, Drummond e Mário Quintana. Decorar um poema. Invejar versos e rimas. Emocionar-se profundamente ao ler um belo texto.”
Eu acrescentaria uma quantidade imensa de coisas a essa lista.
Continuo concordando com ele, mas, discordando em uma premissa básica:
Há uma quantidade imensa de pessoas que fazem e tem acesso a todas essas coisas e de nada adianta. Conheço uma quantidade muito grande de indivíduos infelizes, rabugentos, mal-amados, intolerantes, chatos, ranzinzas, pedantes, arrogantes e... solitários. Repito: mesmo tendo acesso a tudo isso e mesmo, acreditem reconhecendo a magia da maioria dessas coisas eles não vem nelas um motivo verdadeiro.
Porque a verdadeira razão de se viver não está no que e como se faz, nem mesmo onde se faz... mas, no porque se faz!
E porque vem da alma. Não estou falando da alma religiosamente falando. Digo de dentro.
Daí é que se descobre tanta gente iluminada. Que os olhos brilham. Que tem o sorriso largo. Que é cheirosa naturalmente...
Isso é gente feliz!
Descobriram que não precisamos de 1001 motivos para viver.
Precisamos de um só:
O poeta já disse:
Viver e não ter vergonha de ser feliz.
Ricardo, o que é vergonha de ser feliz?
É achar que tudo que é artifício é mais importante do que tudo que é absolutamente natural e espontâneo.
E o poeta continua:
E cantar, e cantar, e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz!
Em tempo, meu saudoso velho dizia que o motivo maior pra ser feliz é tirar um cochilo em um lençol branco alvíssimo e depois acordar e ter uma lata de leite moça pra tomar sozinho.
Um verdadeiro filósofo!
Eu acrescentaria talvez mais alguma coisinha nessa lista.
Ah... no livro dos filmes eu contei oito produções brasileiras:
Limite
Deus e o Diabo na Terra do Sol.
Central do Brasil.
O pagador de promessas
Terra em transe
Orfeu negro
Vidas Secas
Cidade de Deus.
Quer mais? De 1001? Eu queria!
E dito e feito, vamos circular.

Ricardo Carvalho.